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A Unidade de Endoscopia Ginecológica do CMIN é o maior centro universitário de cirurgia minimamente invasiva da mulher em Portugal. A sua atividade clínica, científica e formativa são uma referência nacional e internacional.

Atividade clínica
A Unidade de Endoscopia Ginecológica do CMIN é uma referência na abordagem endoscópica (laparoscopia e histeroscopia) de várias patologias como endometriose, miomas, malformações uterovaginais, adenomiose, hemorragia uterina anormal, infertilidade, dores pélvicas, distúrbios da cavidade uterina, disfunção do assoalho pélvico e oncologia.

Áreas de especialização

Endometriose A endometriose é uma doença inflamatória crónica que afeta aproximadamente 15% das mulheres e pode levar à infertilidade e dor intensa. Embora o tratamento médico possa ser eficaz para algumas doentes, a cirurgia é necessária em muitos casos para aliviar os sintomas graves. Os casos de endometriose infiltrativa profunda, com envolvimento urinário ou colo-rectal, necessitam de uma abordagem multidisciplinar, numa colaboração estreita com a urologia e a cirurgia colo-rectal. A cirurgia pode ser bastante desafiadora, pois a endometriose causa aderências ou nódulos cicatriciais inflamatórios, que frequentemente se manifestam por pelves congeladas. Essas cirurgias exigem diferenciação significativa e, idealmente, devem ser realizadas por cirurgiões experientes conhecedores da anatomia pélvica profunda. A nossa unidade de endoscopia é especializada em cirurgia para endometriose avançada desde há mais de 10 anos e atua como um centro de referência em Portugal. Isso inclui endometriose do intestino, bexiga, ureter, diafragma, apêndice e nervos.

Miomas uterinos - Os leiomiomas uterinos são o tipo mais comum de tumor pélvico em mulheres, com um risco de vida de aproximadamente 70 a 80 por cento. Há uma grande variedade de tratamentos para leiomiomas, tanto farmacológicos quanto cirúrgicos. A escolha dos tratamentos depende de muitos fatores, incluindo características dos miomas, do paciente e experiência cirúrgica. Os miomas uterinos podem causar sangramento uterino anormal, pressão pélvica e podem ter um efeito negativo na fertilidade. A nossa unidade está especializada na abordagem laparoscópica e histeroscópica para remoção dos miomas e adenomiomas.


Histeroscopia - O desenvolvimento da histeroscopia forneceu uma abordagem minimamente invasiva para problemas ginecológicos comuns, como sangramento uterino anormal. O aumento do treino clínico, histeroscópios de diâmetro menor e maior ênfase em procedimentos baseados em consultório levaram a um uso generalizado desta importante tecnologia. A histeroscopia é realizada para avaliação ou tratamento da cavidade endometrial, óstios tubáres ou canal endocervical em mulheres com: 
  • Hemorragia uterina anormal na pré- ou pós-menopausa, Espessamento endometrial ou pólipos,
  • Miomas submucosos, e alguns intramurais,
  • Aderências intrauterinas,
  • Anomalias Müllerianas (por exemplo, septo uterino), Contracetivos intrauterinos retidos ou outros corpos estranhos, Produtos de concepção retidos,
  • Lesões endocervicais

Tumefações anexiais benignas Algumas massas ovarianas benignas têm características ultrassonográficas e o diagnóstico é bastante certo sem exploração cirúrgica, incluindo cistos foliculares ou de corpo lúteo, endometriomas e teratomas maduros (dermóide). A cirurgia não é necessária para cistos foliculares ou corpo lúteo. O tratamento cirúrgico dos endometriomas depende se a doente é sintomático e das dimensões. A maioria dos teratomas maduros são benignos, mas a cirurgia é indicada para excluir a malignidade e prevenir a transformação maligna.

Malformações útero-vaginais - A síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) é uma doença que ocorre em mulheres e afeta principalmente o sistema reprodutivo. Essa condição faz com que a vagina e o útero fiquem subdesenvolvidos ou ausentes, embora a genitália externa seja normal. As mulheres afetadas geralmente não têm períodos menstruais devido à ausência do útero. A nossa unidade de endoscopia é uma referência na abordagem destes casos de MRKH e recebe doentes de todo o país. Inclui a colaboração com a pediatria, com a cirurgia pediátrica e com a psicologia numa abordagem multidisciplinar.

Correção laparoscópica do prolapso genital A unidade de endoscopia tem desenvolvido a prática cirúrgica minimamente invasiva realizando a correção laparoscópica do prolapso apical. Os resultados anatómicos e funcionais pós-cirúrgicos têm sido muito positivos. 

Investigação e formação

Atividade científica
  • Publicação de artigos científicos e capítulos de livros
  • Participação em júris de provas académicas
  • Participação em projetos de investigação
  • Organização de cursos de formação, participação em congressos e reuniões científicas Participação na direção de sociedades científicas nacionais e internacionais
Formação pré-graduada
Apoio ao ensino de alunos do Mestrado Integrado em Medicina e várias outras áreas (Enfermagem, Nutrição, etc.)

Formação pós-graduada
  • Estágios de formação específica de Internos de Ginecologia e Obstetrícia
  • Estágios de formação internacionais na área da cirurgia minimamente invasiva ginecológica

Projetos de investigação/estudos/ensaios em curso
  • Minilaparoscopic Approach in Gynecology
  • Image-guided surgery in Gynecology
  • Ensaio Clínico: SPIRIT 1: Efficacy and Safety Study of Relugolix in Women with Endometriosis-Associated Pain
  • Agenesia vaginal: abordagem cirúrgica minimamente invasiva

Equipa médica
Coordenador | Hélder Ferreira, MD, PhD
Susana Carvalho, MD
Rosália Cubal, MD
Paula Norinho, MD
Rosa Zulmira, MD
Marcília Teixeira, MD
Márcia Barreiro, MD
Manuela Leal, MD